O que fazer quando uma arma é apontada para sua cabeça e você é obrigado a concordar com a opinião alheia, mesmo que esta não seja a sua? Oras, concordar é a atitude mais irracional, porém, sensata. Foi o que aconteceu nos últimos dias. Relatarei de forma breve. O fato de a humanidade ter tido grandes nomes e líderes é algo curioso. Tais lideranças sempre impuseram suas vontades de forma ‘democraticamente’ aceitável, entretanto, não se obteve bons resultados dessas pessoas. O autoritarismo totalitário, bem como a arrogância autônoma ocasionou grandes frustrações para a sociedade mundial.
Os atos de imposição moral, ligados às ordens fascistas recheadas de censura ao direito de opinar, são fatos que, lamentavelmente, contribuem para renegar o período democrático, pelo qual lutamos enfadonhamente, contra um período ditatorial. É um quase ‘Cale a boca jornalista’. Realmente, vivemos em um mundo globalizado, onde a velocidade da informação é algo assustadoramente notório. A internet veio como um suporte para somar ainda mais às mentes alienadas pela constante busca de noticias. Essa facilidade conteudística acabou encontrando entraves, uma vez eu, nessa avalanche jornalística, basta separar o joio do trigo e pronto! Tal fatalidade é algo normal entre os calouros de um curso universitário. ‘Herrar é Umano’? Quantas vezes pode-se ser perdoado? 70 vezes7? Segundo as ordens divinas, o perdão é algo assimilável, mas fui questionado por tal fato, tendo minha credibilidade posta em xeque diante de todos. Senti-me em um campo nazista, com uma sentinela mirando uma espingarda pra mim. Vi-me diante de um ditador que me cortava as mãos democráticas, cessando minha defesa, através de ameaças constantes de reprovação. A arrogância e prepotência, dignas de Sandálias da Humildade, estiveram presentes de forma descontrolada, uma vez que, sempre que eu tentava argumentar, uma análise de discurso labial era feita sobre minhas escassas palavras. Parecia um show da Amy WineHouse, onde ela começa a surtar e se descontrolar. Tive receio de estar dentro de A Fazenda 2 e sua trupe de ‘celebridades’.
Sim, caro leitor, não nego o fato ter utilizado dados da internet para esqueletizar minha argumentação, entretanto, caberia contrastar essa modernidade noticiosa com algo arcaico, ensinado pelas famílias e que não se acha na internet: educação. Tá, eu sei que é complicado pedir educação em uma terra sem leis, ou, sem um ‘tempo’ em que a magnificência domina a hierarquia professor-aluno, porém, é sempre sensato o uso do bom senso. Sim! Isso mesmo! Já que houve tempo para calcular toda a ação, poderia haver, pelo menos, a simples ideia de guardar tal ‘tortura militar’ para o final da aula, como forma de não comprometer a mesma, mas não foi o que ocorreu. Lamentavelmente. Se eu houvesse colocado uma conclusão, como alguns fizeram, aconteceria a mesma coisa? E mais! Fui ameaçado, diante da grande massa acadêmica, de reprovação, porém, com uma simplória declaração de que: ‘estou fazendo isso por consideração a você... ’. Isso o que? ‘O sermão da montanha’? A reprovação ameaçadora?
Já dizia Carlos Drummond de Andrade: ‘Tinha uma pedra no meio do caminho’. Alphonsus de Guimaraens as chamava de ‘penhas’. Mas tais pedaços mineralescos não buscam representar simplesmente pedaços da crosta terrestre e sim os obstáculos advindos em nossos caminhos. Exatamente. Cabe ao representante ambiental deixá-las no lugar, todavia, é função do ser humano, regado pelo espírito aventureiro, passar por cima delas como quem esmaga uma barata no canto da cozinha.esse mesmo artrópode pode ser comparado aos lideres que foram vistos com nojo pela população. Cabe lembrar que Ramsés, o faraó egípcio, caiu no Egito. O temeroso Império Romano ruiu. Napoleão foi derrotado, bem como Mussolini, Franco, Salazar e Hitler. Saddam Hussein foi deposto pela força... Quanto mais altos forem os Saltos da Arrogância, mais estrondoso e dolorido será o tombo, e falo mais: quando o declínio ocorrer, os inimigos estarão à espera da retaliação. Aconteceu com Hitler, Salazar, Franco, Mussolini...
Manterei a linha de raciocínio, segundo as sábias palavras de um grande amigo meu: ”Foca e vai em frente”. Foquei e estou indo, mesmo que requeira tempo e que seja necessário explodir as penhas no meio do caminho. Abraços.
Reuber, 19/11/2009